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:: ENTREVISTA COM PAULO NOBRE

Marcos Kleine - kleine@palmeirastododia.com 

A coluna dessa semana será muito especial, entrevistei o vice presidente do Palmeiras Paulo Nobre, por essa razão não irei me alongar muito!

PALMEIRAS 4 X 2 SANTOS

Estive no Palestra e foi uma noite muito bacana. Nosso time jogou pro gasto, não precisava muito para vencer o fraco time do Santos. Até demos dois gols de lambuja para dar um pouco de emoção a partida. Nossa defesa não foi bem, mas a do Santos foi pior.

Vitória justa com destaque para o Leandro. Nossa torcida fez uma festa maravilhosa e o Palestra é um terror para os adversários! A imprensa não exalta isso, mas adorava destacar ano passado o tal “fantasma do Palestra Itália”.

GRÊMIO 1 X 1 PALMEIRAS

Poderíamos ter vencido, mas depois do gol do Alex deixamos o Grêmio nos pressionar. Não é fácil jogar no Olímpico, ainda mais na boa fase que o time do Celso Roth. No final das contas ganhamos 1 ponto, com aquela chuva e essa tensão de que o Palmeiras não joga bem fora de casa acabou sendo um excelente resultado. Gostei da defesa em parte do jogo, mas Gladstone mano a mano é um convite a desgraça.
Kleber e Alex lutaram bastante. Jumar e Sandro Silva foram muito bem.

Ótimo resultado e podemos terminar essa semana se não na liderança, passando raspando!
Esse time do Palmeiras tem cara de segundo turno!

PALPITES DA SEMANA

Palmeiras 2 x 0 Flamengo
Gols de Valdivia e Alex

Ipatinga 1 x 2 Palmeiras
Kleber e Diego Souza

:: SEJA SÓCIO DO PALMEIRAS


DIA 02/08 a partir das 11h estarei no Palmeiras recebendo os amigos que se associaram pela campanha do PTD e os que quiserem se associar.

Não estarei sozinho! O Pessoal do Mondo Palmeiras, Conrado- Blog Parmerista também estarão presentes!

Volto a convocar todos os leitores para que se associem ao Palmeiras! A campanha continua! Conseguimos 50% de desconto na jóia do clube. Escreva para:
kleine@palmeirastododia.com

Estarei enviando a vcs todas as informações.

Peço para os que já se associaram para que entrem em contato, conto com a presença de todos no próximo sábado. Aos que quiserem se associar estaremos esperando vocês para um bate papo.



Primeiramente quero agradecer em nome do Palmeiras todo Dia pela disposição do Paulo Nobre, Vice-presidente do Palmeiras em nos conceder essa entrevista.

Paulo Nobre, qual foi o dia mais feliz e o dia mais triste da sua vida como Palmeirense?

Sem dúvida nenhuma está difícil superar em alegria o dia 12 de junho de 1993, mais do que sair da fila, foi a primeira vez na vida que vi o Palmeiras Campeão. A minha alegria foi tão grande que fiquei com medo de dormir e no dia seguinte ao acordar perceber que tinha sido apenas um sonho.

E o dia mais triste foi a derrota para a Inter de Limeira em 1986. Depois de eliminar o Corinthians na semifinal por 3x0, onde, diga-se de passagem, o primeiro gol do Mirandinha aos 42 do segundo tempo, foi o gol que eu mais comemorei em toda minha vida, uma vez que o Palmeiras precisava vencer o jogo para provocar a prorrogação, e a torcida do Corinthians já fazia a festa, Mirandinha faz um gol, calando a gambazada, e dando o troco da semifinal do Paulista de 1979 jogado em janeiro de 1980 naquele gol que o Biro-biro nos fez engolir. A final com o Inter de Limeira com 2 jogos no Morumbambi era presságio de um título certo e do fim de um jejum de 10 anos. Porém, o imponderável do futebol me pregou essa peça. Parecia que havia morrido um familiar.

Qual foi a maior loucura que já fez pelo Palmeiras? Não existe censura no site, portanto pode contar qualquer fato hehehe.

Já fiz várias coisas pelo Palmeiras, que talvez alguém possa achar loucura, eu, particularmente, acho apenas um pouco diferente. Nada demais. Na pré-adolescência, era mascote da torcida inferno verde, e pedi para a família toda concentrar meus presentes de aniversário, Natal, dia das crianças, etc... em um só, e pedi pano para fazer o que na época foi a maior faixa de torcida uniformizada do Brasil, quase 80 metros. Mais de uma vez, já adulto, sai de provas de rally às pressas para assistir aos jogos do Palmeiras. Em uma delas, não deu tempo nem para trocar de roupa. A única coisa que tirei foi o capacete. Todo resto como macacão, sapatilha veio comigo para o Palestra Itália. Ir a Tóquio em 1999, tatuar um porco na perna, tem gente que me chama de louco, mas eu nunca me achei tão normal.

Qual o seu maior ídolo do Palmeiras antes de 1980 e depois de 1980?
 

Tive três ídolos em minha vida. Nos anos 70, ainda na infância, era o cetro avante Toninho, vindo do Figueirense e que além de muitos gols, deferia vários murros na cara de quem se metia com ele. Na adolescência, anos 80, ninguém superou o talento de Jorginho, por quem eu cheguei a brigar uma vez na arquibancada por ser tachado de pé frio. E na vida adulta, anos 90, o maior que eu tive na vida: “Minha terra tem Palmeiras, onde joga o Evair...”

Pensa em ser Presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras?

Penso. Queria na verdade ter sido centro avante, mas logo na adolescência percebi que seria o tipo de jogador, que eu como torcedor, xingaria, então jamais iria querer atrapalhar meu time de coração. Entrei como sócio do clube a convite do Dr. Marco Pólo Del Nero, que me conhecia de infância, pois estudava em um colégio com sua filha. Ele uma vez me disse, entre logo de sócio do clube, para poder ser logo conselheiro. O Palmeiras precisa de gente que goste dele como você. Na primeira oportunidade estatutária que eu pude, me elegi conselheiro em 1997. Me reelegi em 2001 e 2005. Eu sempre tive o sonho de um dia ter a capacidade de poder ser um grande Presidente do clube. Se não me julgasse capaz disso, jamais teria essa pretensão. Porém acredito que posso chegar lá. Mas não agora. Gostaria de me sentir mais experiente e preparado. Não me perdoaria se fosse um Presidente que apenas tivesse seu quadro na parede. Gostaria de poder fazer a diferença.

Em sua opinião, qual foi o maior Presidente da história do Palmeiras?

Desde que acompanho o Palmeiras vi alguns presidentes passarem pelo comando do clube, mas mesmo não sendo da minha época, o que escuto é que se não foi o maior, com certeza foi um dos maiores...Delfino Facchina.

Você foi um dos responsáveis pela mudança do gramado do Palestra e também pelas reformas nos vestiários. Foi dito que o Palmeiras não gastou 1 centavo e essa ação foi feita com a boa vontade de empresários e Palmeirenses fanáticos.

Quais pessoas participaram do projeto? Como você encarou as criticas que muitos fizeram no Paulistão quando o gramado ainda não estava em condições ideais?

As críticas são normais. Nunca imaginei que fosse fácil ser vice-presidente do Palmeiras. Uma hora te dão tapinha nas costas e você é o máximo. Na outra mal te cumprimentam e te picham pelas costas, mas tudo isso é supérfluo. A única coisa que importa é o Palmeiras e uma vez as coisas sendo bem feitas, o clube ganha com isso. Quando se faz uma obra, não deve se fazer esperando o confete, deve-se fazer única e exclusivamente porque o Palmeiras precisa e merece. Tive a colaboração financeira de materiais e de trabalho de muitas pessoas que mais do que serem


 
conhecidas tem a satisfação de poder ter ajudado o Palmeiras de alguma forma. Quando reclamaram do gramado, ele realmente estava muito aquém do gramado que o Palmeiras merecia, mas tivemos que fazer em um prazo recorde de 2 meses num período onde só chovia. Porém tinha que ser naquela época por ser a brecha do final do Brasileiro e o inicio do Paulista. E tão logo o gramado ficou relativamente pronto, tivemos aqueles shows que já haviam sido contratados muito antes de se planejar a troca da grama. O importante é que empresa contratada é extremamente séria e se comprometeu que o Palestra Itália teria um dos melhores gramados do Brasil. E a resposta está ai.

Qual fato o motivou a sua participação ativa na vida Política do clube?

Eu tenho uma ligação com o Palmeiras desde que me conheço por gente, totalmente sem motivo. Aquele tipo de relação que se ama e nem se sabe por quê. Queria muito ter sido um grande centro avante, mas como nunca tive habilidade para isso, a política é um modo que encontrei de poder fazer alguma coisa pelo Palmeiras.

Você acompanha sites e blogs da dita "Mídia Palestrina"?

Infelizmente é duro arrumar tempo para conciliar meu trabalho, meu hobby que é correr rally e me dedicar ao clube. Logo nunca acompanhei a fundo todos esses sites e toda essa comunidade que comunga do mesmo modo que eu.

Como fazer para conciliar o tempo entre seu trabalho e a Vice-presidência do Campeão do Século?

Não é fácil, mas de vez em quando tenho que me dedicar também ao meu escritório. Porém uma vez que você queira ser dirigente, e um bom dirigente, tem que colocar o Palmeiras em primeiro lugar. O que acaba sendo um fator limitante para varias pessoas que poderiam ser grandes dirigentes, mas a vida particular e profissional os limita.

Nos conte sobre sua vida profissional. Quando começou a correr e qual foi a prova mais emocionante da sua vida?

Comecei a correr rally caindo de pára-quedas em um mundo que eu nunca achei que pudesse ser o meu, mas o vírus do rally tomou conta e quando eu menos percebi estava correndo as maiores e mais importantes provas do mundo. Comecei fazendo rally de regularidade em um campeonato organizado pela Mitsubishi do Brasil chamado Mitsubishi Motorsports. O passo mais difícil foi migrar dos rallys de regularidade para os de velocidade. Uma vez que isso aconteceu acabei chegando aonde cheguei.


 

As provas que marcaram minha vida foram sem dúvida, a 1ª prova de velocidade que corri que foi o Rally dos Sertões de 2001. Em 2006 correndo pela primeira vez o rally da Tunísia onde participava meu grande ídolo no cross country, o japonês Hiroshi Masuoka, e nessa corrida tive a oportunidade de ajudá-lo em prova. E em 2007 quando desfraldei a bandeira do Palmeiras na chegada em Dakar.

Colin McRae Ou Ayrton Senna?

São personalidades completamente diferentes. Apesar de gambá, sempre fui um fã, torcedor e admirador do espírito Ayrton Senna de ser. Já o Colin foi um dos grandes pilotos que eu tive a oportunidade e honra de conhecer e até ser por um curtíssimo espaço de tempo, companheiro de equipe. Mas no automobilismo jamais poderia deixar de citar o gênio que é Stephane Peterhansel e o espírito guerreiro de Hiroshi Masuoka, que, diga-se de passagem, são todos Palmeirenses, uma vez que todos os grandes pilotos com quem tive contato eu presenteei com uma camisa oficial do Palmeiras, com seus respectivos nomes nas costas.

Qual sua opinião sobre a atual oposição do Palmeiras liderada pelo Mustafá Contursi?

É uma oposição muito forte, e organizada, pois é liderada por uma das pessoas mais hábeis politicamente que eu já conheci. Apesar de não coadunar com praticamente nenhuma de suas idéias, respeito muito e acho importante trabalhar com uma oposição forte, pois te obriga a jamais deitar em berço esplendido, e estar sempre alerta para poder melhorar.

Qual sua opinião sobre a futura Arena Palestra Itália?

A Arena Palestra Itália será um marco como foi, a co-gestão com a Parmalat. O Palmeiras é um clube predestinado a inovar. E esta Arena combina totalmente com a nossa história.

É verdade que vc estava no exterior na semana da final do Paulista, e pediu para não participar da premiação do rally que vc estava participando para poder chegar em tempo para final? Nos conte detalhes.

Sempre tive medo de um dia ter que escolher entre o Palmeiras e o rally, pois sabia que o rally dançaria. Ficava só pensando se um dia tivesse uma prova junto com uma final. Até que esse dia chegou. Por sorte, e por extrema competência da minha agência de viagem, eu conseguiria fazer o último dia de prova e já havia pedido aos comissários da FIA e ao meu chefe de equipe para não comparecer a premiação. Porém, como essa prova já estava sendo um desastre e não havia a menor chance de eu marcar um ponto sequer, para não correr nenhum risco de perder o jogo final, pedi permissão a minha equipe para não correr o ultimo dia.

Existe algum plano para as categorias de base do clube?

Existe. Porém as limitações financeiras impedem momentaneamente que se de a atenção devida à base. Não está sendo nada fácil administrar o clube com o caixa curto. Mas o planejamento é para que no próximo mandato caso esse grupo venha a se reeleger, que a base será uma das prioridades.

O apelido Palmeirinha surgiu como?

No meu aniversário de 7 anos, eu e meus amigos de escola, todos Palmeirenses, formamos um timinho chamado Palmeirinha. Que, diga-se de passagem, esse ano fez 33 anos. Sempre usei camisetas do Palmeirinha, e quando comecei a correr rally, dei o nome a minha equipe de Palmeirinha Rally, uma vez que meu primeiro navegador era o Blau, goleiro do time. Então, o apelido que já existia, virou praticamente nome.

Curtas e rápidas

Uma música

Interview With the Devil – Rolling Stones

Uma pessoa que sempre esteve ao seu lado em todos os momentos

Minha mãe, até a adolescência fisicamente, e da lá para cá, sempre em espírito.

Uma pessoa que vc não quer ver nem pintado na frente

Marcelinho Carioca

Um sonho não realizado

Fazer do Palmeiras uma referência Mundial e no lado pessoal, ganhar um Rally dos Sertões.

Se tocasse um instrumento qual seria e por que

Violão. Na adolescência quem tocava violão tinha muito mais facilidade de pegar a mulherada.

O maior erro que cometeu na vida

Essa está difícil, foram tantos...

O maior acerto

Ter sabido valorizar a grande graça que Deus me deu: Ter nascido Palmeirense.

Qual titulo do Palmeiras foi o mais emocionante para vc?

Nada vai superar o Paulista de 1993, porém a Libertadores de 1999 também teve um gostinho especial, e que coincidência, Evair foi decisivo nas duas oportunidades.

Gostaria de finalizar deixando aqui um espaço para vc mandar uma mensagem aos Palmeirenses! Com a Palavra, Paulo Nobre ! O espaço é seu!

Galera, hoje estão tendo a oportunidade em participar da administração e do comando do clube pessoas novas, não só de idade, mas principalmente de idéias, dando, uma oxigenação ao nosso querido Palmeiras. Nós, antes de dirigentes, não é que fomos torcedores, nós continuamos apaixonados pelo Palmeiras como todos vocês. Vez por outra, atitudes são tomadas muito mais com a razão, do que com a emoção. Espero que entendam que isso faz parte de quem administra um clube com seriedade. Só tenho sempre uma certeza, colocamos sempre o Palmeiras em 1º lugar. Gostaria de agradecer ao meu amigo Kleine pela oportunidade, pelo maravilhoso arranjo em guitarra do hino do Palmeiras, que já virou uma referência, e agradecer, não só ele, mas ao Lucca, por toda força em um projeto que em breve todos os Palmeirenses vão se orgulhar muito.

Eu e o site Palmeiras Todo Dia agradecemos imensamente a sua participação, temos absoluta certeza que os leitores vão adorar saber mais sobre as suas idéias e planos para o nosso Verdão.