:: 2005 começa com
Paulistão e Libertadores
O Palmeiras começou o ano de 2005
dando esperanças de título à seu torcedor.
Com
a contratação de jogadores que haviam
feito um bom Brasileirão no ano anterior,
como Cristian, Marcel e André Cunha,
promessas como o lateral Bruno, que chegou
do Marília, e o esperado fim da era Mustafá,
o Verdão começou o ano com um otimismo que
há muito não se via. Com três vitórias
seguidas nos primeiros jogos do Paulistão e
a classificação para a Libertadores após
passar fácil pelo Tacuary, ninguém poderia
esperar que o time cairia repentinamente de
rendimento. |
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Marcel
comemora seu gol no primeiro jogo do
ano |
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As primeiras
derrotas no Paulistão vieram, para São Caetano,
Portuguesa Santista e Mogi Mirim. Jogadores como
Marcel (que chegou a ser comparado com Leivinha) e
Cristian, tido como craque, começaram a mostrar a
torcida que não eram tudo aquilo que esperávamos.
A primeira pequena crise veio após a derrota por
3x0 para o São Paulo, no primeiro clássico do
ano. Mas a derrota logo foi esquecida. Quatro
jogos depois, São Marcos e Pedrinho derrubariam o
‘poderoso’ Santos de Robinho diante de um
Palestra lotado.
Assim, alternando bons e maus momentos no Paulistão
e justificando que a Libertadores era a verdadeira
prioridade, o Verdão passou boa parte do primeiro
semestre.
De fato o campeonato paulista foi uma grande decepção
para todos que almejavam um título que a equipe não
vence há quase uma década. Terminando no modestíssimo
nono lugar, com uma campanha que somou mais
derrotas que vitórias, o Palmeiras encerrava seu
primeiro campeonato de 2005 de forma
decepcionante.
:: Começou
o Brasileirão
Entre o fim do Paulista e partidas da Libertadores
iniciava-se mais um Campeonato Brasileiro -
naquela época, quem poderia imaginar a forma com
que a competição ficaria marcada?
Em meio a mais um início irregular de Brasileiro,
o Palmeiras comete um grande vacilo ao empatar em
casa contra o Cerro Porteño pela última rodada
da primeira fase da Libertadores. Mesmo com o
Palestra recebendo grande público, o time não
sai do empate com a equipe paraguaia e acaba
encontrando o São Paulo já nas oitavas de final.
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Juninho
ainda não estava entrosado |
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O
problema em si não era enfrentar o São
Paulo precocemente, mas sim o pouco
entrosamento de um time que havia acabado de
presenciar a contratação de jogadores
importantes e desentrosados, casos de
Juninho e Marcinho.
Às vésperas de um jogo tão importante, a
falta de entrosamento foi nítida e o
resultado final todos já sabem. |
Uma eliminação
com gosto de que tudo poderia ter sido diferente
tivessem esses jogadores sido contratados antes.
Se a eliminação para o SP foi ruim, derrotas no
Brasileiro para Paysandu e Fortaleza (em casa)
foram os sinais de que algo precisava ser
feito.Com a demissão de Paulo Bonamigo, um técnico
“amigo e trabalhador, porém longe de conseguir
bons resultados”, e a contratação de Gamarra,
o Verdão voltava a encontrar seu rumo no
campeonato.
:: Sai
Bonamigo, entra Leão
A demissão de Bonamigo tornou possível um antigo
sonho da diretoria e torcida. Emerson Leão
assumiria um time desacreditado, eliminado da
Libertadores e em 16° no Brasileiro com um
objetivo claro, porém otimista àquela altura:
Levar o Verdão a Libertadores de 2006.
O Brasileirão para o Palmeiras pode ser dividido
em duas partes, antes e depois da chegada de
Emerson Leão. Antes um time desacreditado, que
chegou a ser cogitado ao rebaixamento. Depois, um
time com poder de recuperação incrível que
arrancou vitórias importantes e terminou
surpreendendo o mais otimista torcedor.
Logo
que assumiu, Leão deixou claro a forma como
gostava de trabalhar. Nem Marcos ou Gamarra
foram considerados titulares absolutos.
Marcinho Guerreiro, que quase foi
dispensado, ganhou nova chance. Juninho e
Marcinho começaram a mostrar ao que vieram
e alguns jogadores perderam espaço e
acabaram emprestados. Muñoz? Não, está
gordo. Marcos? Só volta quando estiver
100%. Gamarra? Ainda está lento. |
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Com
Leão o time se encontrou |
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Assim foi o modo
de Leão motivar seu elenco. Com críticas
construtivas, conversas e puxões de orelhas, o
Verdão engrenou de vez no Brasileiro.
:: O
recomeço
Com Leão de treinador o Palmeiras ficou 10
partidas invicto e realizou partidas memoráveis,
como a arrancada contra o SP no segundo tempo, o
gol no último minuto contra o Juventude e a vitória
sofrida sobre o Internacional. O Palmeiras de Leão
passava a ser temido e respeitado por todos.
Em meio à arrancada da equipe na competição,
uma figura ilustre surge para divertir e prometer
presentes aos torcedores. Salvador Hugo Palaia,
que já havia contratado jogadores do nível de
Juninho e Gamarra, promete presente de natal,
cutuca o Corinthians, esculacha o São Paulo e
vira ídolo da torcida com suas declarações irônicas
e hilárias.
Tudo isso em conjunto com projetos como modernização
do estádio, reformulação do site oficial e
promessa de uma grande equipe para 2006. O Verdão
voltava, definitivamente, a ser grande.
Quando a fase é boa as derrotas costumam vir nas
horas mais inesperadas. E assim, após dez jogos
invicto, o Palmeiras provava que não era invencível
ao perder para o Brasiliense, futuro lanterna do
campeonato.
Leão, acima de tudo um motivador, não deixou seu
time se abalar com a derrota. Assim, nas próximas
doze partidas o Verdão perdeu apenas uma vez,
para o Santos. Porém, os seguidos empates,
inclusive o confronto direto contra o rival
Corinthians, acabaram impedindo que o time lutasse
mesmo pelo título.
Após o escândalo de arbitragem, as injustas
anulações das partidas e as dúvidas de supostos
esquemas favorecendo ‘certos times’, o
campeonato estava de vez manchado. Marcado por
erros inadmissíveis no país tido como melhor
futebol do mundo.
O Palmeiras caiu de produção, perdeu partidas
importantes, contra Flamengo e Atlético-PR, e
segundo a imprensa, deu adeus às chances de
Libertadores.
Mas o campeão do século é muito mais que
qualquer porcentagem matemática. Aos poucos foi
surgindo o improvável, e a cada vitória na reta
final, aliado à tropeços do Fluminense, a América
ficava mais próxima.
Verdade que veio uma derrota na penúltima rodada,
contra o Inter. Mais que uma simples derrota, uma
espécie de vitória para todos àqueles que
abriram os olhos aos favorecimentos absurdos em
favor de um certo time vendido ao exterior. Pelas
circunstâncias, talvez seja possível dizer pela
primeira vez a expressão “derrota boa”.
Afinal, com mais um tropeço do Fluminense, o Verdão
faria um confronto direto com o rival na última
rodada dependendo apenas de si para chegar ao seu
objetivo.
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13ª
Libertadores veio na raça |
|
O
jogo foi suado, sofrido. A torcida foi mais
uma vez fantástica, esgotando os ingressos
disponíveis. Muita gente ficou de fora, mas
quem viu, seja pela TV, pelo Rádio ou pelo
estádio, acompanhou um dos jogos mais
emocionantes de todo o campeonato.
Com uma virada memorável e improvável, que
alguns continuam sem acreditar, o Palmeiras
operava um milagre que há algumas rodadas
parecia impossível.
|
Vencemos sim. E não
importa que o campeonato tenha sido marcado mais
por erros de arbitragem do que pelo futebol
jogado. O melhor não venceu desta vez, mas o
importante todos nós sabemos:
O campeão do século estará mais uma vez na
Libertadores em 2006.
E o melhor: estaremos acompanhados “deles”
mais uma vez.
Alguém dúvida que irão tremer mais uma vez?
Desempenho
do Palmeiras em 2005 |
Total
de jogos disputados: 71 |
Quem
marcou no ano: |
Vitórias: 30 |
Marcinho:
17 gols / Juninho: 14 gols /
Washington: 12 gols / Osmar : 12
gols / Ricardinho e Daniel: 9 |
Derrotas: 23 |
Gioino
e Warley: 7 gols / Pedrinho e
Correa: 6 gols |
Empates:
18 |
Magrão
e Diego: 4 gols
Marcel: 3 gols |
Gols
pró: 124 |
Claudecir,
Alceu, Nen e
Baiano : 2 gols |
Gols
contra: 107 |
Lúcio,
Leonardo Silva, Reinaldo, Gamarra e
Marcinho G.: 1 gol |
Saldo
de: 17 |
Gol
contra: Kloker (Dep. Táchira) |
Em
números: |
108
pontos ganhos em 213 disputados;
Aproveitamento de 50,70% |
Desempenhos
dos técnicos: |
Estevam
Soares: 08 jogos; 04 vitórias; 02
empates e 02 derrotas > 58,33% |
Wilson
Coimbra: 01 jogo; 01 derrota >
00,00% |
Candinho:
16 jogos; 05 vitórias; 05 empates;
06 derrotas > 41,66% |
Bonamigo:
16 jogos; 5 vitórias; 2 empates; 9
derrotas > 35,41% |
Leão:
30 jogos; 16 vitórias; 9 empates; 5
derrotas > 63,33% |
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::
Confira a avaliação individual de cada jogador
em 2005!
- Marcos
O pentacampeão sofreu mais uma vez com as lesões
neste ano. Fez um cirurgia no pulso e desfalcou o
Palmeiras durante boa parte do Brasileiro. Na
libertadores, jogou machucado contra o São Paulo,
jogo que eliminou o Palmeiras na competição. Com
Leão, só voltou a equipe depois de recuperar-se
100%, e apesar de algumas falhas, vem aos poucos
voltando a ser o Marcos que todos conhecem. Em
2006 promete!
Grande jogo:
Palmeiras 3x1 Santos pelo Paulistão.
Bola Cheia: O amor e a vontade com que veste a
camisa do Palmeiras não deixa dúvidas que ele é
um verdadeiro apaixonado pelo Verdão.
Bola Murcha: as constante lesões, que
atrapalharam seu ano.
- Sérgio
Teve muitas chances no ano com as lesões do
titular. Embora tenha feito boas partidas, não
conseguiu ser regular e dividiu opiniões entre a
torcida. Alternou bons e maus momentos, mas
mostrou ao longo do ano que é mais que um reserva
de Marcos, um dos líderes do elenco. Jogador
importante para 2006.
Grande jogo:
Palmeiras 2x1 Cruzeiro, em 17/09 pelo Brasileiro.
Bola cheia: Substituiu mais uma vez Marcos à
altura. Sem reclamar da reserva, comprovou sua
importância ao elenco como jogador que o
Palmeiras sempre poderá contar.
Bola murcha: O primeiro tempo da goleada contra o
Figueirense, em Florianópolis, foi assustador.
Parecia jogador de linha no gol. Sorte que se
recuperou na etapa final...
- Gamarra
Contratado como solução para a zaga, cumpriu as
expectativas. Com ele, o Palmeiras sofre menos
gols e se posiciona melhor em campo. Um dos
jogadores mais importantes do elenco em 2005, foi
eleito o melhor zagueiro do campeonato.
Grande jogo: Sua
regularidade como um todo.
Bola cheia: Cumpriu o que dele se esperava e
conseguiu arrumar a atrapalhada zaga do Verdão.
Mostrou vontade em ganhar títulos pelo Palmeiras
no ano que vem.
Bola murcha: A estréia contra o Corinthians não
foi das melhores. Na derrota para o rival, foi
enganado pela bola em um lance que resultou em gol
do adversário.
- Nen
Tido como melhor zagueiro do elenco em 2004, Nen
fez um bom campeonato paulista, uma Libertadores
regular e tinha tudo para crescer ainda mais no
Brasileiro. Cada vez mais admirado pela torcida
pela humildade e vontade com que joga pelo
Palmeiras, o jogador acabou traído pelas lesões,
e continua em tratamento após cirurgia no joelho
direito.
Grande jogo: os
confrontos com o SP pela Libertadores. Não fossem
as bolas paradas, o adversário não teria marcado
gols no Verdão.
Bola cheia: Ter se tornado um dos ídolos da
torcida não só pelo futebol, mas pelas atitudes
leais em campo e fora dele, pelas declarações
mostrando estar feliz no Verdão.
Bola murcha: a lesão no joelho direito
comprometeu sua temporada quando parecia ter
encontrado seu parceiro ideal, Gamarra. Jogou
apenas três jogos ao lado do companheiro.
- Daniel
No início do ano foi bastante irregular, chegou a
perder prestígio com torcedores e até a aparecer
em lista de prováveis dispensas. Ao lado de
Gamarra, cresceu de produção, fez boas partidas,
apareceu bem no ataque e terminou o ano como boa
opção para 2006 – quem sabe até para ser
titular novamente.
Grande jogo: Palmeiras
2x1 São Paulo, em 12/11 pelo Brasileiro. Fechou a
zaga e ainda marcou um importante gol.
Bola cheia: Não ter se abalado com a má fase,
pelo contrário, ter trabalhado nos erros em busca
de uma recuperação. Aceitou as críticas dos
torcedores quando construtivas.
Bola murcha: O festival de trapalhadas no Paulistão
e em parte do Brasileiro. Quase acabou dispensado
do elenco.
- Gláuber/ Leonardo Silva/ Leonardo
Os três zagueiros passaram a maior parte do ano
buscando espaço no time titular. O primeiro foi o
reserva imediato no segundo semestre, mas nem
sempre passou segurança. Ainda não parece
completamente amadurecido para ser titular.
Leonardo Silva foi titular durante várias
partidas no primeiro semestre, porém algumas más
atuações fizeram com que perdesse espaço,
principalmente após a chegada de Leão. Leonardo
(antigo) teve poucas chances em 2005 e deve ser
emprestado no próximo ano.
- Baiano
Voltou da Argentina durante a era Leão a princípio
para ser titular, mas não conseguiu se firmar.
Apresentou uma melhora nas últimas partidas mas já
sabe que dificilmente será titular em 2006.
Grande jogo: Palmeiras
6x2 Ponte Preta. Marcou um belo gol e não teve
problemas na marcação.
Bola cheia: Continua calmo e tranqüilo com relação
às críticas. Sabe que ainda está devendo seqüências
mais regulares.
Bola murcha: Fez uma seqüência de jogos ruins
assim que voltou ao time e acabou sendo criticado
pela maior parte dos torcedores.
- André Cunha
Veio da Ponte com créditos de ter feito um ótimo
campeonato em 2004. Teoricamente, deveria ter sido
o titular, mas acabou perdendo espaço por motivo
de atuações muito abaixo do esperado. Termina o
ano vendo a contratação de um novo reforço para
o setor e sabendo que dificilmente fica no time no
ano que vem.
Grande jogo: Palmeiras
3x1 Goiás, em 25/09.
Bola cheia: Nem os torcedores sabem...
Bola murcha: Definitivamente, não fez um bom ano
e acabou decepcionando à todos. Não marcou um
gol no ano, muito pouco para um jogador que tinha
como característica a forte ofensividade.
- Lúcio
Viveu boa fase em 2005 até sofrer uma lesão que
no tornozelo que o deixou fora do time por três
meses. No Paulistão, em parte do brasileiro e na
libertadores, foi um jogador importante a equipe,
com ótima forma física porém com uma grande
deficiência:
A quantidade de passes errados.
Grande jogo:
Palmeiras 5x2 Vasco, em 18/06.
Bola cheia: Voltou a ganhar a confiança de pelo
menos parte da torcida após um ano pífio em
2004. Sofreu uma lesão que fez a torcida perceber
o quanto ele fez falta.
Bola murcha: A lesão no tornozelo na partida
contra o Atlético e os constantes passes errados
durante as partidas.
- Fabiano
Parecia o jogador certo para substituir Lúcio.
Experiente e com ótimas credenciais, criou uma
falsa expectativa que acabou não sendo cumprida.
Durante a temporada, foi um jogador lento, que não
acertou cruzamentos e não se firmou na equipe.
Outro que pode sair em 2006.
Grande jogo: Palmeiras
3x1 Goiás, em 25/09.
Bola cheia: Nada com destaque especial.
Bola murcha: A temporada como um todo. Decepcionou
a torcida, que até hoje se pergunta aonde foi
parar o jogador campeão em 2001 com o Atlético-PR.
- Michael
O garoto fez sua estréia profissional no empate
contra o Fluminense, pela última rodada do
primeiro turno. Mostrou habilidade, não
comprometeu e provou que tem muito futuro no Verdão.
Depois, teve poucas chances, entre elas mais uma
boa atuação contra o Atlético-Mg, na vitória
por 3x1 no Mineirão.
- Reinaldo
Aposta de Leão, o garoto foi uma boa surpresa em
2005, mostrando personalidade e bom futebol.
Enquanto crescia na competição, o garoto foi
mais uma vítima das lesões, que o deixaram fora
por mais de um mês e prejudicaram a continuidade
de boas partidas.
Grande jogo:
Palmeiras 4x1 Figueirense, em 20/07.
Bola cheia: Uma das gratas revelações em 2005,
mostrou ser um bom jogador que em breve deve ser
titular do Verdão.
Bola murcha: A lesão que o afastou da equipe.
- Marcinho Guerreiro
Teve um ano muito conturbado e foi um exemplo de
volta por cima e superação. Depois de não começar
bem no Paulista, foi deixado de lado por Estevam e
Bonamigo, principalmente após ‘entregar’ gols
para os adversários nos primeiros jogos do
Brasileiro. Irritou a torcida, que inclusive pedia
a sua dispensa. Com Leão, voltou a equipe
titular, realizou grandes partidas, sempre com raça
e vontade em campo. Suas melhores partidas pelo
Palmeiras foram esse ano, e fizeram com que ele
retomasse a confiança da torcida.
Termina o ano como titular e sondado pelo
exterior.
Grande jogo:
Palmeiras 2x1 Botafogo. Com direito a gol que
muito atacante perderia...
Bola cheia: A volta por cima depois de estar
desacreditado por torcedores e em péssima fase.
Foi um dos melhores jogadores do segundo semestre.
Bola murcha: Quando a fase era ruim, tudo dava
errado. Inclusive perder bolas que resultavam em
gols adversários, como na derrota para o Coritiba
por 1x0 em 08/05.
- Alceu
Outro que não foi bem na temporada, com jogos
cheios de erros que irritaram a torcida.
Desde a série B não tem boas atuações...
Grande jogo: Há dois
anos atrás, na série B.
Bola cheia: Ter ficado a maior parte do tempo na
reserva.
Bola murcha: O pênalti no último minuto contra o
Juventude, as falhas na goleada sofrida para o Atlético-PR,
as faltas bobas sempre que esteve em campo, etc.
- Corrêa
Fez uma temporada tranqüila, regular, porém
longe de ser brilhante. Alternando entre a lateral
e o meio-campo com Estevam, Bonamigo e Leão, deve
finalmente jogar na sua posição de origem em
2006 com a contratação de Paulo Baier.
Nas bolas paradas e nos lançamentos para a área,
foi melhor que qualquer outro lateral no ano. Peça
útil ao Verdão.
Grande jogo:
Palmeiras 2x1 Cruzeiro, em 17/09.
Bola cheia: Marcou o gol de falta mais bonito do
campeonato brasileiro de 2005 no seu melhor jogo
na temporada. Chegou a ser comparado à David
Beckham.
Bola murcha: Foi talvez o jogador mais regular do
time na temporada. Por isso, embora não tenha
tido um grande destaque, também não teve uma
grande “bola murcha”, exceto no período de
demissão de Paulo Bonamigo quando na verdade todo
o time estava em crise com os torcedores.
- Juninho
Paulista
Grande contratação da equipe no ano, foi
crescendo a cada partida no campeonato, marcando
um gol decisivo de falta na última partida contra
o Fluminense. Foi o cérebro da equipe, sempre com
muita movimentação e gols que justificaram sua
contratação.
A torcida chegou a duvidar da sua capacidade após
a eliminação para o SP, mas as partidas
seguintes comprovaram o que no fundo todo mundo já
sabia. Juninho é craque e foi um dos melhores
jogadores do Brasileirão.
Grande jogo: Palmeiras
3x1 Paraná, em 11/09.
Bola cheia: Ter sido responsável por boa parte
dos gols do Palmeiras desde a sua chegada, seja
com passes, faro de atacante ou gols de bola
parada. Marcou gol decisivo contra o Fluminense na
última partida.
Bola murcha: Demorou a se entrosar com Marcinho e
o resto da equipe, e por isso, nas primeiras
partidas errava muitos passes.
- Marcinho
Disputado por várias equipes do futebol
brasileiro, justificou o porque custou US$ 2,5
milhões ao Palmeiras com belos gols. As primeiras
partidas chegaram a ser duvidosas, pela
dificuldade em achar seu melhor posicionamento em
campo. Aos poucos foi crescendo e formou uma ótima
dupla com Juninho. Não é craque, mas é um
grande jogador capaz de desestabilizar qualquer
sistema defensivo. Só precisa ser mais regular
para cair de vez nas graças da torcida.
Grande jogo: Palmeiras
5x2 Vasco, em 18/06, e Palmeiras 4x1 Botafogo, em
03/07.
Bola cheia: Artilheiro da equipe na temporada, com
17 gols. Nas duas goleadas citadas acima, marcou
três gols em cada jogo.
Bola murcha: Há quem diga que ainda não achou
seu melhor posicionamento... e perdeu um pênalti
contra o Santos pelo returno, na Vila Belmiro.
- Diego Souza
Diego apareceu mais fora dos campos do que dentro
deles. Brigou com Estevam, acabou afastado do
elenco, viajou ao Japão para trabalhar com Leão
e acabou voltando ao Palmeiras, sem conseguir
repetir as boas atuações de 2003 pela série B.
É cogitado à sair do clube caso apareça uma boa
proposta. Também pode ser emprestado.
Grande jogo: Palmeiras
4x1 Ituano, em 27/02 pelo Paulistão.
Bola cheia: A partida contra o Ituano foi talvez
sua melhor com a camisa do Palmeiras, marcando três
gols. Pena que foi só...
Bola murcha: A briga com Estevam, os rumores de
noitadas, várias partidas medíocres...
- Cristian
Contratado para ser o principal nome da equipe no
meio-campo, não passou de uma grande decepção.
Aproveitou mal suas chances, e mesmo antes da
chegada de Leão já era reserva. Com a chegada de
Marcinho e Juninho, ficou esquecido e não deve
continuar em 2006.
Não fez sequer um gol com a camisa do
Palmeiras...
- Washington
Chegou da Portuguesa com o credencial de ter feito
um ótimo Paulistão. Alternou maus e ótimos
momentos. Embora lento e com pouca habilidade,
marcou gols importantíssimos
(quase todos de cabeça) e se tornou um dos
principais atacantes de 2005.
Mostrou ter estrela e a não tremer em momentos
importantes e terminou o ano de bem com a torcida.
Grande jogo: foi
decisivo em vários jogos. Marcou gol no último
minuto contra o Juventude, dois contra o Atlético-MG
e um importante e bonito gol contra o Fluminense.
Bola cheia: Muito bom cabeceador e decisivo, espécie
de talismã para o segundo tempo.
Bola murcha: Quando teve oportunidades de titular
desde o início do jogo, normalmente foi mal. Com
a bola nos pés ainda tem dificuldades para
finalizar.
- Gioino
Em meio a muitas dúvidas e contestações, Gioino
chegou no Palmeiras praticamente como “o
desconhecido que havia marcado gols contra o São
Paulo”. A princípio não agradou a torcida. Seu
estilo de centroavante paradão não era bem o que
os torcedores esperavam. Aos poucos, porém, foi
mudando sua imagem. De argentino “morto em
campo” a Hermano esforçado, Gioino evoluiu
junto com o time, marcou gols e acabou
conquistando parte da torcida. Passou o semestre
disputando posição com Washington, mas terá que
jogar muito mais se quiser permanecer na equipe
titular em 2006.
Grande jogo: Palmeiras
3x3 São Paulo, em 04/08.
Bola cheia: Vontade em campo, os gols importantes
e a mudança de sua imagem com a torcida.
Bola murcha: Está muito longe de ser craque, e
por isso acabou decepcionando quem esperava um
jogador que resolveria todos os problemas do
setor.
- Warley/Cláudio
Dois jogadores que não tiveram muitas chances em
2005, mas por motivos distintos. Warley foi mais
um que apenas “somou” o elenco. Longe de ser
um artilheiro, não aproveitou as oportunidades,
perdeu gols fáceis e acabou irritando a torcida.
Não deve continuar em 2005. Enquanto isso, o
garoto Cláudio, de apenas 16 anos, fez sua estréia
no futebol profissional em partida contra o
Fluminense. Tem personalidade e habilidade, mas
ainda tem muito que aprender para ser titular. Se
for bem orientado, será uma das grandes revelações
do Verdão em muito tempo...
Muitos outros
jogadores participaram dos 70 jogos do Verdão na
temporada, sendo que alguns merecem ser lembrados
com destaques especiais.
Magrão foi o maior ídolo da equipe no
primeiro semestre, líder dentro e fora dos
gramados. Tentado pelos altos salários do Japão,
o jogador acabou saindo com o velho discurso de
“independência financeira”. Pode voltar em
2006.
Pedrinho fez algumas partidas memoráveis,
contra o Santos pelo Paulistão, Figueirense,
Paysandu e Botafogo pelo Brasileirão. Problemas
como unhas encravadas acabaram balançando sua
relação com a torcida, que passou a questionar
se realmente valia o preço do seu salário. Sem
conseguir manter as boas atuações em seqüência,
acabou liberado para acertar com o time árabe
para o mundial. Ricardinho e Osmar
foram responsáveis por boa parte dos gols durante
o primeiro semestre. Nunca foram unanimidades, e
após a eliminação para o Sp, ambos deixaram o
clube e tiveram passagens pelo Grêmio.
Marcel, que chegou a ser comparado à
Leivinha, foi jogador de um jogo só.
E ano vai, ano vem e Muñoz continua se
recuperando da lesão (e emagrecendo)...
_______________
2005 não foi tudo que desejávamos, mas foi o
suficiente para acreditarmos que alegrias estão
por vir no próximo ano. Bons jogadores já foram
contratados, outros virão. Projetos que nos
devolvem a alegria de ser Palmeirenses (um pouco
esquecidas na era Mustafá) nos dão a certeza que
bons tempos virão pela frente.
O ano que passou foi bom, o próximo tem tudo para
ser melhor. E nós, torcedores, faremos nossa
parte mais uma vez, incansáveis e insaciáveis
por títulos.
Que venha 2006! Que venha a Libertadores!
Vai PALMEIRAS!
Rafael Maioral
maioral@palmeirastododia.com
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