Estréia no próximo dia
11 de agosto, no Cine Belas Artes (Rua da Consolação com
a Av.Paulista) o filme "Um
craque chamado Divino", que retrata a vida e
obra do maior ídolo da história do Verdão: Ademir da
Guia.
O Palmeiras Todo Dia,
no papel do site oficial do torcedor Palmeirense, faz
este especial para divulgar à nação alviverde mais
detalhes desse maravilhoso projeto, que além de
homenagear um dos maiores craques do futebol
brasileiro, conta também parte da gloriosa história do
Palmeiras.
O
Filme
O filme, dirigido por Penna Filho, tem a missão de
mostrar aos torcedores mais novos e resgatar na memória
dos mais antigos, a genialidade de Ademir em campo,
retratando a magia inesquecível do futebol-arte, tão bem
exercido pelo Palmeiras enquanto Ademir defendia suas
cores.
O longa traz depoimentos de ex-companheiros, imagens
históricas e relatos tanto da vida pessoal quanto da
vida profissional do Divino.
Sinopse
“Um craque chamado Divino” é um documentário de
longa-metragem sobre ADEMIR DA GUIA, um dos grandes
nomes do futebol brasileiro e maior ídolo da história do
Palmeiras. A partir da sua trajetória, o filme resgata
boa parte da história do próprio futebol brasileiro.
ADEMIR integra o clã dos DA GUIA, filho de DOMINGOS,
ainda hoje celebrado como o maior zagueiro do nosso
futebol. É possivelmente a família que mais jogadores
forneceu ao futebol brasileiro. Suas raízes remontam aos
primórdios do século 20, quando seu tio LUIZ ANTÔNIO DA
GUIA começou a jogar no Bangu, do Rio de Janeiro,
primeiro time de fábrica e primeiro clube a abrir as
portas para os negros. LUIZ ANTÔNIO foi vítima de
preconceito racial ao contrário dos seus irmãos MÉDIO
(Mamede), LADISLAU e DOMINGOS, todos considerados
craques, que surgiram alguns anos depois, quando o
elitismo cedeu diante da categoria dos jogadores negros.
Os três últimos jogaram juntos como titulares no Bangu e
depois no Flamengo, nos anos 30. A exemplo do pai e dos
tios, ADEMIR também trabalhou na fábrica e depois jogou
no Bangu.
De certa forma, o filme é uma homenagem ao futebol-arte,
aos artistas da bola que encantaram as nossas tardes de
domingo. Eles são referências, como Zizinho, Didi,
Rubens, Dequinha (ídolos de ADEMIR), Gerson, Sócrates,
Rivelino, todos hábeis e talentosos homens de criação.
ADEMIR tinha um estilo muito diferente da maioria. Seus
críticos, como
alguns técnicos que o excluíram sistematicamente da
seleção brasileira,
diziam que era lento. Os poetas o viam de forma
diferente: ARMANDO NOGUEIRA diz no filme que “ADEMIR
jogava de forma cadenciada para que se pudesse ver,
gesto por gesto, a pureza do seu futebol”. O poeta JOÃO
CABRAL DE MELLO NETO dedicou-lhe um poema:
“Ademir impõe com seu jogo
o ritmo do chumbo (e o peso),
da lesma, da câmera lenta,
do homem dentro do pesadelo.
Ritmo líquido se infiltrando
no adversário, grosso, de dentro,
Impondo-lhe o que ele deseja,
Mandando nele, apodrecendo-o.
Ritmo morno, de andar na areia,
De água doente dos alagados,
Entorpecendo e então atando
O mais inquieto adversário”.
Apesar de cantado em prosa e verso, foi sistematicamente
ignorado pelos técnicos da seleção brasileira. Foi
convocado 11 vezes em 1965 e depois somente em 1974,
quando teve apenas a chance de jogar meio tempo no
último jogo da desclassificada seleção dirigida por
Mário Zagallo.
No Palmeiras, brilhou intensamente nos anos 60 e 70,
quando foi o “maestro” dos seus grandes times,
considerados como “academia”, tal a qualidade do seu
futebol refinado. Maior ídolo do clube, era respeitado e
admirado por todas as torcidas.
O filme conta com amplo material de arquivo, entre
imagens de filmes,
tapes, fotos e títulos de jornais. Tem imagens de lances
antológicos. Tem a participação de várias personalidades
do universo do futebol: os jogadores Gerson, Sócrates,
Pedro Rocha, Dudu, Leivinha, César, dentre outros; os
cronistas José Trajano, Juca Kfouri, Alberto Helena
Junior, Fiori Giglioti e Juarez Soares; e figuras como o
economista Luiz Gonzaga Belluzzo, cineasta Ugo Georgetti
e o maestro e escritor Kleber Mazziero – biógrafo de
Ademir.
Ficha técnica do Filme:
Formato: 35 mm /
Duração: 81 minutos /
Cor: Colorido / Som: Dolby
Filmado em 2005, em São Paulo e Rio de Janeiro.
Material de arquivo: TV Cultura, TV Bandeirantes, TV
Tupi (acervo da
Cinemateca Brasileira), TV E – Espanha, Herbert Richers,
Primo Carbonari e Canal 100.
Sonorização/Mixagem: VTI – RJ
/ Laboratórios: Cinema, Wrander e Cinecolor
/ Negativo: Kodak
Direção: Penna Filho
Roteiro: Penna Filho e Cláudio Schuster
Fotografia: Adriano Barbuto
Produção Executiva: Guido Zandonai
Montagem: Tiago Santos / Penna Filho / Cláudio Schuster
Edição de Som: Leonardo Gomes
Música: Renato de Sá
Designer: Pedro MC
Recursos: Lei Rouanet
Patrocínio: Petrobrás
Produção: Penna Filho Produções
Florianópolis, SC
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